MACULELÊ

A origem do maculelê é um assunto que gera muita discussão, muita pesquisa e acima de tudo muitas dúvidas. Alguns estudiosos afirmam que foi trazido pelos negros africanos e aqui no Brasil foi mesclado com elementos da cultura indígena.

O maculelê esconde em seus movimentos sincronizados uma forma de luta antiga, estranha aos praticantes contemporâneos, mas que já serviu para ocultar o treinamento combativo dos escravos nos canaviais na era escravista.

Praticado inicialmente com cepos de cana, e depois com facões e porretes, o maculelê era uma forma de defesa contra as chibatadas dadas pelos feitores e capatazes do engenho. Seus contra-ataques incluíam amplas cruzadas de pernas combinadas com ataques armados à cabeça e pernas do agressor, durante o erguer e abaixar frenético do escravo. Os negros também pulavam de um lado para o outro, dificultando o assédio do feitor.

Atualmente o maculelê é parte certa em apresentações de capoeira, é um dos shows mais esperado, tanto pela sua beleza quanto por sua batida que empolga todos a sua volta.

                                      Lendas... 

                                         I

Conta a história que Maculelê era um negro fugido que tinha doença de pele. Ele foi acolhido por uma tribo indígena e cuidado por eles, mas, ainda assim, não podia realizar todas as atividades com o grupo, por não ser um índio também. Certa vez, Maculelê foi deixado sozinho na aldeia, quando a tribo saiu para caçar. Uma tribo rival apareceu para dominar o espaço. Maculelê lutou sozinho contra o grupo rival e, heroicamente, venceu a disputa. Desde então passou a ser considerado um herói na tribo. A dança com bastões simboliza a luta de Maculelê contra os guerreiros.

                                        II                                                                  
Certa vez em uma aldeia primitiva do reino de Iorubá,todos os guerreiros saíram juntos para caçar, permanecendo na aldeia apenas 22 homens, na maioria idosos, junto das mulheres e crianças. Disso aproveitou-se uma tribo inimiga para atacá-los, com maior número de guerreiros. Os 22 homens remanescentes teriam então se armado de curtos bastões de pau e enfrentado os invasores, demonstrando tanta coragem que conseguiram pô-los em debandada. Quando retornaram os outros guerreiros, tomaram conhecimento do ocorrido e promoveram grande festa, na qual os 22 homens demonstraram a forma pela qual combateram os invasores. O episódio passou então a ser comemorado freqüentemente pelos membros da tribo, enriquecido com música característica e movimentos corporais peculiares. A dança seria assim uma homenagem à coragem daqueles bravos guerreiros.                                                                                

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